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Foto do escritorIsabela Picolo

Lobisomem (2025)

Filmes que estreiam no início do ano tendem a ser esquecidos, mas não será o caso desse. O ano mal começou e já temos um terror para ficar na memória por um bom tempo.


Lobisomem é o novo filme do diretor Leigh Whannell (O Homem Invisível), que junto com  Corbett Tuck também é roteirista. Nele, seguimos uma família que é alvo de uma criatura misteriosa que ronda a casa em que eles estão. O que ninguém ali esperava era uma ameaça de dentro da casa, quando o pai da família, Blake (Christopher Abbott), é infectado pela criatura e começa a se transformar nela.


Na primeira parte, a relação de Blake com seu pai é bem desenvolvida e fica claro a falta de conexão entre ele e a obsessão do pai em caçar a criatura que ronda a região. Quando Blake cresce, ele tenta de todas as formas ser o oposto do que o pai dele foi.


A construção detalhada dos personagens faz toda a diferença aqui, porque o ponto principal é a família e as relações entre eles. Num tom dramático, Leigh reinventa o mito do Lobisomem como se a maldição só tivesse nas entrelinhas, mas focando mais em uma doença, mais ou menos como foi em O Lobisomem Americano em Londres. Nesse caso sem a lua cheia e a transformação em 100% lobo. O visual vazado na internet não agradou muito, porém dentro desse contexto faz todo sentido. A história do lobisomem como conhecemos é cheia de fantasia e regras, aqui é mais simplificado e ‘real’.



O filme sim tem seus clichês, principalmente quando vai para o drama e a relação entre pai e filha, mas também na trama principal - que envolve o pai falecido de Blake e ele voltando na casa que cresceu para empacotar as coisas de seu pai. Tudo seria uma viagem em família para uma conexão mais forte entre marido e esposa, mas a criatura que ronda o local não deixa isso acontecer.


Quando Blake começa a sofrer as mudanças corporais, a família sem saber que está ameaçada, fica até o último segundo com ele tentando entender o que está acontecendo. É muito irônico pensar que o pai era a pessoa que a filha mais confiava e estava perto para proteger, mas acaba se tornando um monstro que não será mais capaz disso. Mãe e filha, que já não se conectam, tem que enfrentar juntas o perigo e sobreviver àquela noite.


Leigh Whannell é um excelente diretor e se destaca muito na criação de cenas tensas, imprevisíveis e sabe usar o escuro a seu favor. Não pense que o filme só tem cenas boas a noite, pois a cena inicial é de dia e é de tirar o fôlego.


 

LOBISOMEM (2025)

Wolf Man


Direção  Leigh Whannell

Duração 103 min

Gênero(s) Terror, Fantasia

Elenco Christopher Abbott, Julia Garner, Matilda Firth, Sam Jaeger, Ben Prendergast, Benedict Hardie, Zac Chandler, Beatriz Romilly, Milo Cawthorne +

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