Tilman Singer estreia no mundo dos longas metragens com uma produção experimental extremamente original em toda a sua narrativa fora das estruturas convencionais. Após as pesquisas sobre retratistas policiais não levarem a lugar algum, o diretor e roteirista de Luz encontrou na hipnose e na experiência de sua namorada em uma escola católica colombiana a ideia para seu primeiro filme.
É assim que quer viver a sua vida?
São com essas palavras que o filme começa. Luz (Luana Velis) é uma jovem taxista que chega completamente atordoada em uma delegacia de polícia. E enquanto isso, em um bar, Nora (Julia Riedler) tenta arduamente iniciar uma conversa com Dr. Rossini (Jan Bluthardt) - um psiquiatra e psicoterapeuta que trabalha para a polícia.
Desde início o comportamento de Nora intriga, por toda a sua avidez em falar de sua namorada Luz. E quando enfim consegue convencer o médico a ajudá-la, é que temos a comprovação de que ela definitivamente não é o que aparenta ser.
A partir desse ponto, quase todo o filme se passa somente em um cenário: a sala onde Dr. Rossini hipnotiza Luz com a policial Bertillon (Nadja Stübiger) e o tradutor/técnico Olarte (Johannes Benecke) - que assim como nós, os expectadores, está completamente confuso e amedrontado por toda a situação.
O que se desenrola depois disso é uma incrível experiência visual e auditiva. Por mais que nada seja entregue facilmente na trama, a cada minuto conseguimos mais uma peça desse quebra-cabeça romântico e sobrenatural que é este filme. As atuações também merecem parabenizações, e são mais um dos elementos presentes neste filme que nos fazem imergir completamente nessa fascinante história de uma entidade maligna que fará de tudo para encontrar a mulher que ama.
Luz (2018)
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Direção Tilman Singer
Duração 1h10min
Elenco Luana Velis, Jan Bluthardt, Julia Riedler, Nadja Stübiger +
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